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O Pacheco do Sindicato como é apelidado iniciou a sua trajetória no sindicalismo de Paranaguá nos idos de 1986. Nesta época, juntamente com os camaradas Luiz Félix da Silva, o Sapo, Fernando de Oliveira Filho, o Cavalo, Mário Eduardo Gomes, o Caverna, Azemil, e outros que vieram depois como Moises Barcelos Fernandes, o Patropi, eles passaram a defender a categoria dos trabalhadores da construção civil, montagens industriais e metalúrgicos na cidade de Paranaguá.

No início, foi uma luta dura, era um período de transição do final da ditadura militar para a restauração das liberdades democráticas que somente ocorreu com a promulgação da Constituição Federal de 1988.

O Ministério do Trabalho sob o comando do General Massa controlava com mão de ferro os sindicatos e cerceava as reivindicações e proibia manifestações dos trabalhadores. Neste contexto, o Pacheco e os companheiros de luta apoiavam os pleitos e as greves dos trabalhadores de Paranaguá que muitas vezes sequer tinham carteira assinada. A luta se estendia a todo o litoral, inclusive, na construção de plataformas marítimas na empresa Tenenge, em Pontal do Sul, onde também os operários eram superexplorados. Em Paranaguá e no litoral, os trabalhadores da construção não podiam contar com a sua representação sindical.  O Sindicato da Construção Civil que estava sob uma direção “pelega” e acomodada. O sindicato seguia uma linha contra o trabalhador.

Nesse quadro desastroso, depois de muita luta, o Pacheco e seu eterno companheiro Sapo se uniram e passaram a formar uma oposição à diretoria do Sindicato e conseguiram por meio do voto democrático dos trabalhadores da construção civil derrubar a diretoria pelega e dar nova vida ao Sindicato da Construção Civil de Paranaguá – SINTRACON. Coincidentemente, nesta época também um presidente pelego foi apeado do cargo na Federação dos Trabalhadores da Construção Civil do Paraná – FETRACONSPAR e, o Pacheco, logo a seguir, foram convidados a fazerem parte da diretoria. Hoje, representando a cidade de Paranaguá, Pacheco faz parte do Conselho Fiscal da FETRACONSPAR. 

Nos idos da década de 90, Pacheco buscou juntamente com lideranças comunitárias as melhorias nas ruas, nas construções e no centro comunitário do bairro, ajudou a ativar e integrou a diretoria da Associação de Moradores do Jardim Samambaia. 

Os pais dos alunos que queriam melhores condições de educação para os seus filhos e também para os professores que deles cuidavam no Colégio Estadual Artur Ramos Miranda se reuniram e formaram a Associação de Pais e Mestres. E o Pacheco por ser um dos mais comprometidos foi convidado e fez parte da diretoria da APM.

Ainda nesse período foi designado para acompanhar na condição de Presidente do SINTRACON a criação do Conselho do Fundo de Reequipamento do Grupamento do Corpo de Bombeiros de Paranaguá – FUNREBOM.

Em Paranaguá, não havia fiscais do trabalho, neste período. O Pachedo junto com a diretoria do SINTRACON liderou uma luta em busca de fiscalização nas obras de construção e nas empresas de Paranaguá. Mais de 20 sindicatos estiveram presentes na sede da Visconde de Nacar e o Ministério do Trabalho foi obrigado a mandar fiscais para o litoral a fim de levantar as irregularidades.

E, em 2016, segundo suas palavras “na defesa dos trabalhadores da construção civil que são a categoria que mais precisa de uma defesa efetiva pelas péssimas condições de segurança no trabalho”, passou a integrar o Conselho Municipal do Trabalho de Paranaguá. 

Em 2019, foi convidado pelo atual prefeito municipal a fazer parte do Conselho do Urbanismo de Paranaguá, também na defesa dos trabalhadores da construção e montagem industrial.

Neste período, que esteve à frente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, do Mobiliário e da Montagem Industrial de Paranaguá, o Pacheco do Sindicato enfrentou muitas desavenças com alguns péssimos patrões que insistiam na superexploração da classe operária.

Em alguns momentos, afirma Pacheco “me deparei com trabalhadores em condições análogas a de escravos, trabalhadores sem receber os salários, sem carteira assinada, sem as condições mínimas de higiene, sem local para comer, sem água potável, sem um local para fazer suas refeições, sem banheiros. Alguns até trabalhando doentes ou abandonados pelo patrão no litoral sem salário e sem condições de voltar para seus locais de origem”.

Durante a sua vida sindical, o Pacheco tem apresentado essas denúncias ao Ministério Público do Trabalho e tem levado esses maus patrões às barras dos tribunais da Justiça do Trabalho.

Agora, ao apresentar sua pré-candidatura a vereador ao ser indagado sobre o porquê escolheu o Movimento 65 do PC do B afirmou: “Estou no Movimento 65 porque este movimento defende a classe trabalhadora em todos os aspectos, sejam os salários, as condições de trabalho, a sua saúde e a vida que é o mais importante neste momento de pandemia. E eu quero continuar nesta luta que sempre travei e nunca vou largar mão. Sonho que um dia a classe trabalhadora vai fazer uma grande união e acabar com qualquer tipo de exploração. E eu tenho certeza que tenho condição de levar em frente essa luta.”