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Chegamos a mais um dia 28 de junho e, mais uma vez, os nossos gritos continuam a ecoar, pois nos orgulhamos da nossa luta e da nossa trajetória, da nossa resistência, da nossa ousadia em batalhar para juntos(as) nos emancipar de toda opressão. Vivemos em um país conservador e violento, onde as conquistas são feitas com muita alegria e, mas também com muita dor. Honremos todos(as) que abriram os caminhos para que possamos passar, muitas vezes sacrificando as próprias vidas para a construção de um mundo de igualdade. Inspirados(as) e fortalecidos(as) por aqueles(as) que nos antecederam, seguimos lutando para construir um futuro menos desigual e mais diverso.

O preconceito e discriminação, machuca, ofende e mata. Nós LGBTI + somos a materialização da palavra resistência, uma vez que o não reconhecimento da nossa (r)existência por gênero e/ou orientação sexual é atravessada por violência, medo, ódio e falta de oportunidades. Situações que tornam o Brasil um dos piores países do mundo para pessoas LGBTI+ e o país que mais nos mata no mundo. Por isso, gritamos: “se fere nossa existência, seremos resistência!”.

É preciso estar atento(a) e forte diariamente para enfrentar as barreiras impostas por uma cultura machista, LGBTI+fóbica que nos persegue e nos marginaliza, negando-nos a inserção enquanto ser humano em nossa sociedade. Não há democracia sem a garantia da diversidade e não há conquistas se estivermos sozinhos(as). 

O atual cenário político do Brasil tornou a vida da população LGBTI+ ainda mais difícil. A disseminação da cultura do ódio promovida por Jair Bolsonaro impulsiona amplia nossos enfrentamentos e, ao invés de avançarmos para igualdade, retrocedemos para mais violência e mais perseguição às vidas LGBTI+. Mas não nos deixaremos derrubar! Juntos(as) com todas as pessoas comprometidas em transformar o mundo em lugar cheio de amor e respeito, avançamos e avançaremos em nossa luta, conquistando mais direitos e ocupando cada vez mais espaços, vivendo nossas vidas em sua plenitude.

Mesmo com a estrutura social que nos mata e nos oprime, tivemos no último período vitórias importantes. A comunidade LGBTI+, junto aos movimentos sociais e parlamentares comprometidos com a defesa da Constituição e dos direitos humanos, conseguimos criminalizar a homofobia, incluir mulheres trans na lei Maria da Penha, entre outros avanços  significativos no meio de tanta hostilidade à nossa existência.

Não há mais tempo de temer! Por isso, hoje e sempre, celebramos o amor, a coragem e lutamos pela felicidade. (R)existimos, e ninguém irá nos dizer como ser ou amar! Somos livres e exigimos respeito e igualdade. Colorimos o mundo com todas letras e formas de amor.

Viva a nossa resistência!

Viva a cada um e uma que levanta a voz contra toda opressão!